Temos, portanto, a responsabilidade de procurar conhecer a verdade conforme exposta na Palavra de Deus. Isto é imprescindível para nossa própria vida espiritual e para ajudarmos eficazmente os outros. Quando transmitimos a Palavra de Deus, seja em aconselhamentos individuais, seja ensinando na escola dominical ou num grupo de estudo bíblico, seja pregando, o conhecimento que passamos, com base no nosso entendimento das Escrituras, sem dúvida alguma influenciará outras pessoas. Suas vidas estão em nossas mãos. Quando a Bíblia não é interpretada corretamente, a teologia de um indivíduo ou de toda uma igreja pode ser desorientada ou superficial, e seu ministério, desequilibrado. O processo de entendimento da Bíblia dura a vida toda. Ao estudar a Palavra, você se pergunta: “Que quer dizer isso? Esse conceito está certo? Por que está ou por que não está? E essa interpretação? É válida?”.
Ao ouvir sermões e mestres, você sempre esbarra na seguinte indagação: “O que ele está dizendo sobre a Bíblia é certo?”. Quando discute a Bíblia com outras pessoas, você enfrenta a dúvida sobre qual dentre várias concepções melhor reflete o significado do texto em questão. A tentativa de descobrir o verdadeiro sentido de uma passagem é um desafio intelectual e espiritual fascinante. E, quando você compartilhar a Palavra de Deus, as pessoas vão perguntar-lhe: “Que quer dizer esse versículo? Como devemos entender essa passagem?”. Em virtude do vasto conteúdo da Bíblia e da diversidade literária que nela se contém, a hermenêutica é um campo de estudos que encerra inúmeros problemas e questões. Por exemplo, como saber se uma passagem foi escrita apenas para o público-alvo original ou se também se destina às gerações subsequentes?
Uma passagem pode ter mais de um significado? Nesse caso, como descobri-los? Será que alguns dos autores da Bíblia escreveram coisas acima de seu entendimento? A Bíblia é mais do que um livro humano? Se é também um livro divino, como isso influencia nossa interpretação de passagens diversas? De que forma devemos interpretar os diferentes provérbios das Escrituras? Eles têm aplicação universal? Se acreditamos em interpretação literal, como ela influi em nossa compreensão das figuras de linguagem? Se a Bíblia contém figuras de linguagem, então toda ela deve ser interpretada num sentido “espiritual” ou místico? Como entender as profecias? Visto que existem interpretações divergentes das profecias bíblicas, como vamos saber qual mais provavelmente é a correta? Por que o Novo Testamento faz citações do Antigo que aparentemente revelam um sentido diferente do que se lê neste? Como passar da interpretação à aplicação?
Fonte: A interpretação Bíblica – Meios de descobrir a verdade da Bíblia.
Roy B. Zuck
Tradução de Cesar de E A. Bueno Vieira
edições vida nova.
pags: 15-16
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Que você possa aprimorar essas duas técnicas, e aplicá-las na busca do conhecimento da Palavra, como diz em João 5.39, “Examinai as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam;”