A importância do êxodo tem sido enfatizada por Eugene Merrill, professor de Antigo Testamento no Dallas Seminary, que chamou-o de “o mais significativo acontecimento de todo o Antigo Testamento.” O êxodo não é simplesmente um acontecimento isolado dentre muitos na história do povo judeu; este foi o evento central sobre o qual os planos de Deus sofrem uma reviravolta e tanto o Antigo como o Novo Testamentos estão unidos. O professor John Durham explica:
Tanto dentro do livro de Êxodo como além dele, a libertação do êxodo é descrita como o ato pelo qual Israel foi levado a ser um povo e, portanto, como o ponto inicial da história de Israel… com o êxodo, Ele [Deus] revelou sua presença para um povo inteiro e chamou-o para ser uma nação e desempenhar um papel especial relacionando-se com ele em aliança. Este papel especial se torna um tipo de lente através da qual Israel é visto por todo o restante da Bíblia… que dá forma a muito da teologia do A.T. [Antigo Testamento]. É esse papel especial, na verdade, que inclui o livro de Êxodo tão completamente na produção canônica iniciada com Gênesis e concluída somente com o Apocalipse.
O êxodo amarra os dois Testamentos juntos de tal maneira que negar que ele jamais tenha acontecido desmantelaria a estrutura teológica tanto do judaísmo como do cristianismo. Assim, é natural que busquemos o êxodo em algum lugar do registro arqueológico. Mas onde procurar, e o que podemos esperar encontrar? Vamos responder esta última pergunta primeiro.
Deveríamos esperar encontrar o êxodo?
Deveríamos esperar encontrar qualquer evidência arqueológica para o êxodo? Como os patriarcas antes deles, os israelitas viveram um estilo de vida nômade durante o êxodo. As exigências da vida no deserto do Sinai requeriam que nada fosse descartado, que todo item fosse usado até sua capacidade máxima — e então reciclado. Até os ossos de uma refeição seriam completamente reutilizados em várias aplicações industriais. Os acampamentos temporários em tendas dos israelitas não teriam deixado quaisquer vestígios, especialmente nas sempre móveis areias do deserto.
Pode haver traços de grafito em rochas do Sinai que sugiram a presença dos israelitas nesta região, mas em sua maior parte, por causa das condições do deserto, os israelitas teriam que ser “arqueologicamente invisíveis”. Mas, e quanto a possibilidade de registros egípcios que confirmem a ocorrência das pragas do êxodo e a destruição do exército egípcio no mar Vermelho? E possível que alguma evidência ainda apareça, mas não devemos esperar que os egípcios, orgulhosamente religiosos, tenham abertamente documentado desastres que difamassem seus deuses e imortalizassem a der- Possível rota do êxodo rota de seu exército nas mãos de escravos andarilhos.
Como Charles Aling observa: Os povos do antigo Oriente Próximo mantiveram registros históricos para impressionar seus deuses e também inimigos em potencial, e por isso raramente, talvez nunca, mencionaram derrotas ou catástrofes. Registros de desastres não fortaleceria a reputação dos egípcios aos olhos de seus deuses, nem tornaria seus inimigos mais temerosos de seu poder militar. Isto significa que é improvável que encontremos um registro das pragas, o afogamento do exército egípcio no mar Vermelho ou as pegadas dos israelitas nas areias do deserto do Sinai. Se não podemos esperar encontrar vestígios de um êxodo nestes lugares, onde podemos procurá-los?
Fonte: Livro: Arqueologia Bíblia
Autor: Randall Price,
Pags: 103-106
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