O Novo Testamento demonstra uma marcante diferença na atmosfera religiosa, em comparação com a do Velho Testamento. Isto é visto nas várias instituições, grupos e pela ênfase na tradição oral.
INSTITUIÇÕES
A Sinagoga — Embora a tradição judaica afirme que a sinagoga teve origem mosaica, ela parece ter começado a existir durante o período babilônico ou persa. Até o tempo do exílio, a adoração e a instrução religiosa judaicas centralizam-se em torno do Tabernáculo ou do Templo de Salomão. Na Babilônia, a instrução religiosa foi prosseguida pelos sacerdotes e levitas, numa tentativa de conservar o conhecimento de Jeová vivo. Esses locais de adoração e instrução tornaram-se conhecidos como “sinagogas”; a palavra é grega e significa “reunidos juntos”. O propósito nunca incluía a ideia de se oferecer sacrifícios, o que poderia ser feito somente no Tabernáculo ou no Templo. Alguns estudiosos acham que os fariseus usavam a sinagoga como um meio de obter a lealdade dos saduceus e adorarem no Templo (T.C. Smith, The Religious and Cultural Background of the New Testament, p. 10).
A administração da sinagoga cabia a um grupo de anciãos (Zeqenim),um dos quais foi eleito seu presidente (ou Sheliach). Era necessário ter-se pelo menos dez homens numa comunidade antes que uma sinagoga pudesse ser organizada. A função do presidente era manter a ordem durante as reuniões e escolher o orador para o culto do sábado. Um auxiliar (Chazzam) era designado para estar a cargo da construção e do manuseio das Escrituras. Parece que gradualmente a ele foi transferida a responsabilidade do ensino. A adoração na sinagoga foi desenvolvida de acordo com o modelo do culto do Templo e nas mesmas horas, no sábado: a terceira, a sexta e a nona. Posteriormente os cultos eram realizados na segunda e terça, bem como no sábado. As pessoas entravam, curvando-se para a parede do lado ocidental, onde as Escrituras estavam contidas num gabinete chamado a “arca”.
Fazia-se uma oração e depois eram cantados salmos. O auxiliar abria a “arca” e reverentemente removia as Escrituras, entregando-as ao presidente. Em seguida à leitura das Escrituras, durante a qual todos ficavam de pé, o presidente sentava-se e iniciava uma exortação, à luz da passagem lida. Freqüentemente, ele pedia, a algum visitante ilustre, para fazer essa “pregação”. Depois as Escrituras eram recolocadas na “arca”, em seguida sendo proferidos salmos e orações, e depois uma bênção era pronunciada. Por toda a diáspora judaica, sempre que havia homens suficientes, eram instituídas sinagogas. Muitas cidades tinham várias sinagogas, para dar conta do vasto número de judeus naquelas áreas. Estima-se que Jerusalém, durante a época do Novo Testamento, tinha cerca de 500. Por esta razão, os missionários cristãos puderam ter acesso à maior parte do Império Romano. Eles, especialmente Paulo, iniciavam seu trabalho, sempre que possível, dentro da comunidade judaica e da sinagoga.
O Templo — Com o retorno do primeiro grupo de exilados, foi iniciado o trabalho da construção do Templo. Na realidade, este foi o propósito primordial para alguns que retornaram. Os que permaneceram na Babilônia deram apoio financeiro para o retorno, a fim de que o Templo fosse construído. Sob a pregação de Ageu e Zacarias, o Templo (conhecido como o Templo de Zorobabel) foi terminado e dedicado em 516 a.C. Com alguns poucos acréscimos, para aumentar as áreas de reunião, o Templo de Zorobabel durou até a época de Herodes, o Grande. Tentando obter o favor dos judeus, Herodes iniciou a construção de um templo que iria exceder em beleza o de Salomão. Com a construção iniciada em 19 a.C., o pórtico, o lugar santo e o santo dos santos foram terminados em um ano e meio (ver Josefo, Antiguidades dos Judeus — xv. 11.6), mas a estrutura inteira não foi terminada até 65 d.C., cinco anos antes de sua destruição pelas legiões romanas, na Guerra Judaico-Romana de 66-70. Foi nesse Templo inacabado que, segundo João, Jesus fez tantos milagres e deu ao mundo tantos ditos maravilhosos.
O Sinédrio — Quando Esdras e Neemias trabalhavam em Jerusalém, eles fizeram o povo fazer pacto de que iria viver por um código externo de regras baseadas, diziam eles, na lei de Moisés. Quando Esdras e Neemias morreram, esta responsabilidade de instrução passou a um grupo de pessoas denominadas sopherim ou a “Grande Sinagoga”. Este grupo durou cerca de 400 a 200 a.C. Este grupo foi o precursor do sinédrio. Seus sucessores, como mestres da lei, foram os zugotes (200 a.C. — 10 d.C.), que, por sua vez, foram sucedidos pelos tanains (10 a 200 d.C.) e pelos amorains (220-500 d.C.). Foi para o final da época da “Grande Sinagoga” que o termo sinédrion ( sune/drion ) entrou em uso. Ele executava a função da suprema corte dos judeus, sendo o sumo sacerdote o presidente. A tradição remonta suas origens ao conselho mencionado em Números 16:16.
É verdade que, na história de Israel, os anciãos funcionaram como os corpos judiciários, legislativo e executivo da nação. Houve períodos de grande influência e poder, bem como períodos de quase completa sujeição ao poder dominante. Sob Herodes, o Grande, o sinédrio esteve sem força; mas, no tempo de Jesus, o sinédrio exerceu grande autoridade, excetuando-se-lhe apenas aquelas questões que envolveriam a política e jurisdição romanas. Ele poderia passar a sentença de morte, mas somente com a aprovação do governador romano a sentença poderia ser executada. O conselho tinha setenta e um membros (pelo menos), encabeçados pelo sumo sacerdote. A maior parte dos membros era da linha sacerdotal e, portanto, do partido saduceu. Foi arranjado lugar, contudo, para fariseus abastados e bem conhecidos, especialmente os grandes rabis. A partir da tradição rabínica, parece que este corpo tinha o poder de legislar regras de conduta para todos os judeus, em todo lugar. Por causa de seu prestígio, suas decisões eram honradas por toda a dispersão judaica.
Fonte : INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO NOVO TESTAMENTO
Broadus David Hale
Cláudio Vital de Souza. Rio de Janeiro, Junta de Educação
Religiosa e Publicações, 1983.
Obtenha mais Conhecimento e Reconhecimento para o Seu Ministério…
Você sonha em crescer com seu ministério, ser um Pastor, um Líder cristão e transformar vidas?
O Curso de Formação para Pastores da Universalidade da Bíblia tem como objetivo preparar pessoas vocacionadas, que desejam fazer a Obra de Deus, como obreiro aprovado que não tem de que se envergonhar, e que maneja bem a palavra da verdade, assim como, crescer na sua igreja, ajudar no ministério pastoral, trabalhar livremente na obra de Deus, tanto no Brasil quanto no Exterior, ou, abrir novas frentes de trabalhos como Pastor auxiliar ou Pastor Presidente, segundo o propósito de Deus.
O Curso Formação para Pastores visa aqueles que buscam crescimento dentro administração eclesiástica, podendo desempenhar suas atividades na obra de Deus em qualquer parte do mundo.
Trata-se de um curso avançado visando auxiliar os líderes cristãos em suas sublemes tarefas que é pastorear o rebanho de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Curso completo sem mensalidades!
Público Alvo
O Curso Formação para Pastores é altamente indicado para as pessoas que atuem na: Prática Pastoral (Pastor Leigo), porém, não teve chance de fazer um curso e obter um diploma de Pastor; Ministério Pastoral, pastores que desejam se aperfeiçoar ou atualizar; para todos obreiros que queiram ser um pastor ou um ministro eclesiástico/religioso;
Àqueles que pretendem fundar, dirigir, presidir e liderar uma igreja, ministério ou denominação ou Busquem crescer na sua própria Igreja como Pastor Auxiliar ou Titular, Missionários, Diáconos, Presbíteros, bem como aos Pastores atuantes em missões no Exterior e desejem crescer ministerialmente.
Para todos os que pretendem liderar, ministrar em convenções e conselhos de pastores, seminários teológicos, institutos teológicos, fazer missões, lecionar, escrever livros, apostilas, revistas da escola dominical, ministrar estudos bíblicos, seminários, conferências, palestras; e se habilitar no conhecimento, Teológico, Lingüístico, Filosófico, Bíblico, Ministerial e Exegético.
O Curso de Formação para Pastores da Universalidade da Bíblia promove a capacitação de pessoas na área do conhecimento religioso, oferecer referenciais teórico-práticos que colaborem na aquisição de competências cognitivas, habilidades e atitudes que promovam o seu pleno desenvolvimento como pessoa, no exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho eclesial. Alcançando assim, através da Educação a sua integralidade religiosa; nas áreas de competência do Pastor, capacitá-lo a desempenhar suas tarefas de dirigir a Igreja e cuidar de suas necessidades espirituais, alicerçada nos princípios éticos da liberdade religiosa, alteridade, responsabilidade, solidariedade e do respeito aos valores universais. Subsidiar o Pastor dentro dos ministérios pastorais, de forma estratégica e dinâmica no enfrentamento das necessidades religiosas que o cotidiano da sociedade atual exige.