Desde o cativeiro babilônico, há 2.500 anos, a localização exata da arca tem permanecido desconhecida. Embora persistam rumores de que a Arca da Aliança foi encontrada aqui ou ali, nenhuma evidência arqueológica foi apresentada para substanciar quaisquer dessas reivindicações. Contudo, hoje podemos fazer uma ideia de onde a arca ficava dentro do antigo Santo dos Santos. É possível deduzirmos o local do edifício do Templo e seu Santo dos Santos, então é possível localizarmos onde a arca foi colocada dentro desta estrutura. De acordo com fontes antigas, como Josefo e o tratado da Mishná, chamado Middot, a arca repousava numa plataforma de rocha firme. Na tradição judaica, esta plataforma era chamada de ‘Even HaShetiyah (“a Pedra Fundamental”), e em árabe es-Sakhra (“a Pedra”). Segundo pesquisas feitas por Leen Ritmeyer, ex-arquiteto principal das escavações realizadas no monte do Templo e hoje diretor da Ritmeyer Archaeological Design na Inglaterra, a enorme pedra dentro do atual Domo da Rocha muçulmano tem de ser a plataforma de rocha firme dentro do Santo dos Santos. Ritmeyer explica como chegou a esta conclusão:
Custou-me 20 anos para entender. Estava convicto de que o Templo devia ter estado aqui em algum lugar. Comecei examinando as dimensões da rocha e as medidas do interior do Templo. Sabemos que as medidas do interior do Templo eram de 20 côvados de largura. O [Lugar] Santo tinha 40 côvados de comprimento e o Santo dos Santos era 20 por 20 côvados. Se usarmos a medida das dimensões de 500 côvados da Mishná, o Santo dos Santos terá cerca de
10,4 metros. Comparando isso com o tamanho da rocha, a rocha é maior do que o Santo dos Santos. Contudo, a Mishná [Yoma 5.2] diz que esta pedra é chamada de ‘Even Ha-Shetiyah, “a Pedra Fundamental”. Por que a chamariam de Pedra Fundamental? Porque se o Santo dos Santos fosse menor do que a rocha, então a rocha teria servido como fundação para, pelo menos, um dos Templos. Com essa informação em mente, comecei a examinar mais de perto a
rocha à procura de uma fundação.”
O exame que Ritmeyer fez da rocha começou primeiro eliminando os sinais exploratórios que os cruzados deixaram na rocha, a qual em 1099 d.C. fora conquistada dos muçulmanos e convertida numa igreja cristã chamada Templum Domini (“Templo do Senhor”). Cortes existentes nos lados norte, sul e oeste da rocha foram atribuídos por ele às ações desses expedicionários. Os cruzados tinham a opinião de que a pedra desfigurara o Templo do Senhor e por isso a moldaram na forma que julgavam ser um tamanho mais aceitável. Em seguida construíram um altar no cimo da rocha. Em 1187, quando o califa Saladin recapturou para os muçulmanos o Domo da Rocha, encontraram a rocha coberta de lajes de mármore. Ao removerem as lajes, descobriram que a rocha havia sido mutilada. Esta mutilação incluía o alargamento de uma caverna e a abertura de alguns túneis profundos cavados sob a rocha, o que pode indicar que os cruzados estavam tentando localizar o esconderijo secreto da arca.
A caverna natural abaixo da rocha foi identificada por eles como o Santo dos Santos, onde eles comemoravam a visita do anjo a Zacarias. Eles alargaram esta caverna com o propósito de usá-la como santuário, e pelo fato de queimarem velas e incenso na caverna, foi necessário abrir uma cavidade vertical para ventilação (isto formou o buraco que hoje há na rocha). Portanto, antes que os cruzados desfigurassem a rocha, o nível superior teria sido maior e mais aplainado. Ritmeyer então mediu as áreas planas da parte sul da rocha identificadas por ele como as valas da fundação. Suas dimensões combinavam perfeitamente com a espessura conhecida das paredes do Segundo Templo (6 côvados ou 3,12 metros). Esta vala da fundação revelou a localização da parede sul do Santo dos Santos. A parede da parte de trás estaria encostada na inalterável escarpa rochosa natural situada a oeste. A parede norte situar-se-ia adjacente à extremidade norte da própria rocha.
Esta disposição das paredes também concordava com cálculos anteriores feitos por Ritmeyer sobre o posicionamento da plataforma do Templo original. Ele descobriu que a direção da escarpa a oeste era virtualmente idêntica à da escadaria, previamente identificada por ele, e do muro oriental do monte do Templo. Assim, o Primeiro e Segundo Templos teriam tido a mesma orientação — o eixo longitudinal do Templo em ângulos retos com a parede oeste. Este eixo também está alinhado com o ponto mais alto do monte das Oliveiras, onde acontecia o sacrifício da bezerra ruiva (necessário para o ritual da purificação — Números 19). Esta tornou-se para Ritmeyer uma confirmação adicional da localização do Templo.
Fonte: Livro: Arqueologia Bíblia
Autor: Randall Price,
Pags: 172-175
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