A Bíblia no Brasil: Inclusão Social pela Palavra de Deus

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Segundo a SBB (Sociedade Bíblica do Brasil), milhares de pessoas no Brasil e no Mundo têm suas vidas transformadas por meio de programas de alfabetização e do estímulo à leitura da Bíblia. Livro mais lido, traduzido e distribuído de todos os tempos, a Bíblia Sagrada tem servido de inspiração para uma ação muito especial. Imbuídas da vontade de conhecer mais profundamente a Palavra de Deus, pessoas de todo o mundo aderem a programas desenvolvidos por organizações cristãs que ensinam a ler e a escrever, tendo como base as Sagradas escrituras.

A Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) é uma organização protestante brasileira que tem como finalidade traduzir, produzir e distribuir Bíblias, na íntegra ou em partes e porções. Surgiu após a II Guerra Mundial, quando ocorreu no país uma maior procura pelo livro, tendo sido fundada em 10 de junho de 1948, no Rio de Janeiro. Faz parte das Sociedades Bíblicas Unidas, associação protestante em escala mundial que reúne 146 sociedades bíblicas protestantes, atuantes em mais de 200 países. Desde a fundação da SBB, em 1948, a revista A Bíblia no Brasil vem informando a seus leitores os principais acontecimentos do Brasil e do mundo em torno da Palavra de Deus. Com periodicidade trimestral, esta revista é um veículo fundamental para aqueles que querem saber sobre as atividades desenvolvidas pela SBB para divulgar, traduzir e distribuir a Bíblia Sagrada.

No seu expediente 247 de maio a julho de 2015, tendo como editor chefe, Emi Walter Seibert, a revista trás uma importante reportagem sobre a inclusão social através da alfabetização. Com 31 projetos de alfabetização, as Sociedades Bíblicas Unidas (SBU) já beneficiaram mais de 500 mil adultos e crianças da África, Ásia, Oriente Médio e das Américas. Também entre os brasileiros as ações se multiplicam, com programas desenvolvidos pela Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) e varias outras organizações que ajudam cidadãos a romper a barreira do analfabetismo e conquistar a inclusão social. Na visão do secretario de comunicação, Ação Social e Arrecadação da SBB, Erní Seibert, a Biblia tem duplo papel na alfabetização: “Para muitas pessoas ela serve como motivação para aprender a ler, porque as Escrituras Sagradas são fonte de inspiração para suas vidas. Por outro lado, a Bíblia é, para muitos, o grande livro de leitura, por meio do qual crescem na habilidade de entender textos”, ele afirma. A alfabetização, entretanto, ainda é um enorme desafio no Brasil e no Mundo. A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), mostrou que ainda existem cerca de 774 milhões de adultos que não sabem ler ou escrever e que 72% desse total concentram-se em grupo de apenas dez países. O Brasil figura entre eles, na oitava posição, ganhando apenas de nações muito populosas como Índia, China e Paquistão.

O que se busca com a alfabetização associada às Escrituras, primordialmente, é transformação do individuo e da sociedade. As SBU relacionam a alfabetização à dignidade, independência e integridade das pessoas. O programa das SBU é reconhecido pela UNESCO e deverá alcançar um milhão de pessoas, com projetos em 50 idiomas, até o final de 2015. A alfabetização associada à Bíblia oferece benefícios a adultos e crianças em todo o mundo. Em países assolados por guerras civis, por exemplo, a escola é um dos primeiros equipamentos sociais a serem fechados e, quando a paz volta a reinar, há uma geração de analfabetos que precisa ser atendida. “Ai a alfabetização de crianças e jovens é muito importante, mas a de adultos sempre precisa acontecer porque muitos deles não são alcançados pelos sistemas de ensino dos países”, avalia Seibert. Parceiro da SBB e com um sistema de ensino aprovado pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC), o Centro Evangélico Brasileiro (CEB) atua com alfabetização por meio da Bíblia. Sua metodologia, que já beneficiou milhares de pessoas, foi criada pelo Pr. Gilberto Estevão. Tudo começou na década de 1960 quando, em trabalho missionário no Rio Grande do Sul, ele encontrou comunidades carentes, com pessoas que não sabiam ler nem escrever, mas queriam conhecer as Sagradas Escrituras. Atualmente, há 123 denominações evangélicas participando do programa de alfabetização desenvolvido pelo CEB, em todo o País. A aplicação do método dura 40 semanas. “A Bíblia é um instrumento extraordinário para ensinar”, exalta Estevão.

O esforço da SBB para tornar a Bíblia acessível a todas as pessoas inclui o desenvolvimento de publicações que incentivam o aprendizado da criança. Diversos títulos infantis oferecem ensino de valores, atividades lúdicas, exercícios de fixação e auxílios à compreensão do texto. A partir da leitura de historias das Sagradas Escrituras, professores buscam melhorias na alfabetização. Assim como, outras publicações caracterizam-se por estimular a reflexão e o habito da leitura entre jovens e adultos. Para Erni Seibert, o esforço da alfabetização deve ser ampliado cada vez mais, porque impacta na inclusão social. “Quando tiramos indivíduos do abismo do analfabetismo e os aproximamos de Deus por meio da Bíblia, estamos transformando vidas e investindo em uma sociedade melhor”.

Segundo Senna, a alfabetização ou literacia consiste no aprendizado do alfabeto e de sua utilização como código de comunicação. De um modo mais abrangente, a alfabetização é definida como um processo no qual o indivíduo constrói a gramática e em suas variações. Esse processo não se resume apenas na aquisição dessas habilidades mecânicas (codificação e decodificação) do ato de ler, mas na capacidade de interpretar, compreender, criticar, resignificar e produzir conhecimento. Todas essas capacidades citadas anteriormente só serão concretizadas se os alunos tiverem acesso a todos os tipos de portadores de textos. O aluno precisa encontrar os usos sociais da leitura e da escrita. A alfabetização envolve também o desenvolvimento de novas formas de compreensão e uso da linguagem de uma maneira geral. A alfabetização de um indivíduo promove sua socialização, já que possibilita o estabelecimento de novos tipos de trocas simbólicas com outros indivíduos, acesso a bens culturais e a facilidades oferecidas pelas instituições sociais. A alfabetização é um fator propulsor do exercício consciente da cidadania e do desenvolvimento da sociedade como um todo. Seguindo essa lógica de letramento, não há duvidas que a SBB vem executando um trabalho louvável e eficiente, para promover inclusão social, cidadania, e transformação cultural, social, política, econômica e tecnológica. Com técnicas de letramento que vão alem dos limites sociais, a SBB, através da Bíblia, esta fazendo o que Cristo realmente veio trazer a humanidade que é transformação de vidas.

O texto é indicado a pedagogos, teólogos, cristãos de um modo geral, e a todos que anseiam conhecer melhor a Sociedade Bíblica do Brasil.

 

Fonte:   www.osbereanos.com.br

 

 

 

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