Moisés, a quem Deus escolheu para pastorear a Israel, nasceu numa época difícil. Faraó estava vendo o povo de Israel crescer e por isso temeu que eles se juntassem com os inimigos do Egito e lutassem contra eles. Por isso, Faraó aumentou a carga do povo israelita e, não adiantando, pois eles cresciam mais e mais, ele ordenou às parteiras que matassem os filhos homens e poupassem as filhas mulheres (Êxodo 1:16). Foi nessa época que Moisés nasceu e, sua mãe, temendo, colocou-o num cesto, vedado com betume, dentro do rio Nilo, quando tinha três meses. A filha de Faraó, Hatshepsut, vendo-o, teve compaixão e o adotou. Porém, ela o entregou a uma hebreia que, por sinal, era a própria mãe de Moisés, para o criar. Assim, Moisés passou sua infância com seus irmãos e, quando cresceu, foi entregue à filha de Faraó, quando recebeu o seu nome que, traduzido, significa “salvo das águas”.
A idade dele quando isso aconteceu não podemos estipular, pois a Bíblia não revela. Apesar disso, sabemos que ele recebeu ensinamentos do palácio, pois mais tarde veremos ele como um grande escritor e um grande legislador, pois foi ele quem escreveu o Pentateuco, que compõem o Livro de Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio, mediante as instruções e inspirações do Senhor. A arte e sabedoria dos egípcios continha ensinamentos sobre ciências, geografia, leis morais etc. Moisés, ainda, aprendeu algumas literaturas, hoje muito conhecidas, como o código de Hamurabi e o Livro dos Mortos. Muita coisa escrita em Levítico, referente às leis morais, se parece com o que está escrito nesses livros. Na verdade, o Egito, originalmente era monoteísta. Com o passar dos anos que a idolatria entrou naquela terra.
Numa pirâmide muito antiga está escrito: “Criei a cada um semelhante aos irmãos, e lhes proibi de fazerem o mal… Dize a verdade e pratica-a porque ela é grande, é onipotente”. Assim, muita gente diz que Moisés usou alguns de seus conhecimentos para escrever o Pentateuco. Porém, sabemos que a precisão histórica com que o Pentateuco está escrito só poderia ser realizada pela providência divina e que os escritos antigos simplesmente tiveram influência da civilização primitiva dos ensinos de Noé. Ora, toda religião teve origem com os ensinos de Noé após o dilúvio. Quando Moisés estava com quarenta anos, contemplou o sofrimento daqueles que foram criados com ele e, veja o que aconteceu: (Êxodo 2:11-15); (Atos 7:22-29). O interessante é que Moisés já possuía dentro do coração o desejo de libertar o povo, conforme Atos 7:22-29, mesmo antes de ser chamado por Deus.
Mas o método e o tempo pertenciam a Deus e, por isso, aquele ataque não surtiu nenhum efeito direto, apenas contribuiu para que Moisés fugisse para o deserto, onde ele iria aprender a viver como servo de Deus e mais tarde receber o Chamado de Deus. Moisés fugiu e permaneceu mais quarenta anos no deserto: “E passados mais quarenta anos, apareceu-lhe um anjo no deserto do monte Sinai, numa chama de fogo no meio de uma sarça”. (Atos 7:30) Ele fugiu para Mídia (filho de Quetura), também conhecido como a terra de Edom (irmão de Jacó), terra de seus antepassados. Acredita-se também que Moisés fugiu para aquelas terras porque eram terras dominadas por Hatshepsut. Ali, foi hospedado por Jetro, o qual se tornou seu sogro quando se casou com Zípora. Naquela terra estava o Sinai, terra onde os mineiros egípcios trabalhavam.
Os mineiros egípcios daquele lugar praticavam um culto a uma deusa de nome Hatora. Jetro, por sua vez, era sacerdote em Midiã, com o nome de Reuel, um nome composto de “Reu” e “El”. “El”=nome de Deus. Durante este período, em que Moisés casou e teve dois filhos, Moisés aprendeu a apascentar e, quando estava com seus oitenta anos, o Senhor apareceu para ele e o chamou para ser instrumento de libertação e para conduzir o povo de Israel até Canaã, por mais quarenta anos (Atos 7:36). Daí vem aquele dito popular entre os pregadores dizendo: Moisés passou quarenta anos no Egito achando que era alguma coisa, mais quarenta anos no deserto para descobrir que não era nada e mais quarenta anos para ver o que Deus pode fazer com o que não é nada. E, depois de tudo isso, Moisés não entrou em Canaã, somente viu com seus olhos para então morrer, o qual teve o seu corpo escondido por Deus (Judas 1:9).
Acredita-se que o maior motivo do Senhor ter escondido o corpo de Moisés foi porque os israelitas o embalsamariam para o adorar, já que eles eram um povo que havia se contaminado com a idolatria do Egito. Durante esse período em que Moisés viveu, foi instituído o período da Lei, que nada mais era um símbolo do que havia de vir. Mas vamos percorrer um pouco sobre como Israel foi libertado e veremos o ritual mais importante desse período: a Páscoa. Dez pragas vieram sobre o Egito a fim de que o povo de Israel fosse libertado. As pragas tanto serviram para demonstrar a Israel o amor de Deus sobre eles como para mostrar aos egípcios que o SENHOR é Soberano. Também serviram para mostrar o Seu juízo contra a idolatria, pois cada praga combatia a idolatria predominante daquele lugar. A primeira praga foi a das águas se tornaram em sangue.
Os Egípcios tinham o Rio Nilo como fonte de vida e riqueza, mas o Senhor feriu a água e essa se tornou em sangue. Imagine o cheiro de podridão que ficou naquele lugar! A segunda praga foi a das rãs. As rãs eram consideradas deuses e por isso eram sagradas, mas o Senhor tirou as rãs do Rio Nilo e colocou-as sobre a terra, trazendo espanto e pavor a todos daquela região. A terceira foi a dos piolhos, onde acredita-se que foi a partir dessa época que os egípcios começaram a raspar o cabelo. A quarta foi a das moscas, onde o Senhor enviou vários enxames de moscas somente nas terras dos egípcios, livrando a terra de Gósen, onde habitavam os hebreus. A quinta foi a praga das pestes nos animais. O gado dos egípcios eram adorados pois acreditavam que os deuses se manifestavam através desses animais. Eles até acreditavam que o gado protegia os egípcios.
Mas que deus é esse que morre! E todo o gado dos egípcios morreu, exceto o gado dos hebreus, que permaneceram vivos, pois Deus estava guardando[1]os a fim de proporciona-lhes mantimento para o deserto, durante um certo período, antes do maná cair do céu, e para o sacrifício. A sexta foi a praga das úlceras. Dessa nem os magos egípcios escaparam e sofreram bastante. Mas a cada praga que vinha sobre o Egito o coração de Faraó era endurecido. A sétima foi a praga da saraiva, onde choveu fogo na terra do Egito, matando os animais, as plantações e os homens no campo, somente a terra dos hebreus estava ilesa. A oitava foi a praga dos gafanhotos. A nuvem de gafanhoto era tão grande que o céu se escureceu e todo o campo foi coberto e não sobrou nenhuma folha, nem erva em toda a terra do Egito.
A nona foi a praga das trevas onde ficaram por três dias sem conseguirem ver ninguém, tão densa eram aquelas trevas, mas somente os hebreus tinham luz. Mas, mesmo assim, o coração de Faraó foi endurecido. Mas a décima e última praga foi a da morte dos primogênitos. Eles criam que Faraó era deus e, por isso, o primogênito de Faraó, sucessor do trono, morreu, o que fez com que Faraó libertasse a Israel. É claro que o Senhor podia ter tirado a Israel do Egito, mesmo sem as pragas, pois o Senhor é poderoso para isso, mas aprouve a Deus fazer dessa maneira para mostrar ao povo de Israel o seu poder e ao povo do Egito o seu juízo. A última praga foi também muito importante para os israelitas, pois foi ali que aconteceu a passagem do anjo que trouxe justiça ao povo de Israel. E, para que os hebreus não fossem afetados por essa praga, eles teriam que sacrificar um cordeiro e passar o sangue sobre as ombreiras e na verga da porta, nas casas em que o cordeiro fosse comido.
E, a partir dali seria instituído o Calendário Judaico: “Este mês será para vós o princípio dos meses; este vos será o primeiro dos meses do ano”. (Êxodo 12:2). A Páscoa tem um significado muito profundo em relação ao Senhor Jesus Cristo, o cordeiro imaculado. Quem lava as suas vestes no sangue do Cordeiro Jesus tem a sua vida protegida da morte. Depois que Faraó liberou os israelitas para saírem da terra do Egito, este ainda teve seu coração endurecido, pois o Senhor ainda tinha um grande milagre para deixar como testemunho a todas as nações. Testemunho este que até hoje fala para todos nós. O povo de Israel estava diante do Mar Vermelho e dos seus dois lados também estavam cercados das águas e atrás estava o exército de Faraó pronto para tragar os hebreus. Eram cerca de 3 milhões de hebreus, considerando os 600 mil homens preparados para guerra e uma proporção de mais 4 indivíduos para cada família.
Mas, o Senhor colocou uma coluna de nuvem na frente dos egípcios para que eles não enxergassem e uma coluna de fogo clareando o caminho dos israelitas e, ainda por cima, o Anjo do Senhor se pôs atrás do exército israelita para pelejar por eles. O Mar Vermelho se abriu e os seus lados foram como paredes. Os egípcios até que seguiram a Israel, mas o Senhor quebrou os carros dos Egípcios, carros esses que eram a glória e a força do Egito, e fez com que eles andassem com dificuldade. Quando os israelitas chegaram ao outro lado, o Senhor fez com que o Mar tragasse a todo o exército de Faraó. Assim, o Senhor derrubou até mesmo o exército que era considerado o mais poderoso daquela época. Mas quem poderá lutar contra Deus? Ninguém, pois Ele é o Grande Eu Sou. Alguns cientistas alegam que a travessia teria sido numa região bem rasa do Mar Vermelho, onde daria para passar a pé, mas se assim fosse, o milagre foi maior, pois o exército de faraó morreu afogado.
Ainda, existem achados na região da possível travessia que mostram artefatos da 18ª dinastia, que datava aquela época. Entre esses achados está uma roda de carruagem egípcia daquela dinastia que foi preservada pelo coral formado. A partir desse momento, o Senhor ia mostrar a Israel que Ele cuida desse povo amado. O pão de cada dia desceria do céu, as águas amargas se tornariam doces, as rochas no meio do deserto jorrariam águas, as nuvens guiariam e protegeriam a Israel do calor do dia no deserto e à noite, a coluna de fogo os aqueceria protegendo-os do frio da madrugada no deserto, iluminando também o caminho. (No deserto o dia é muito quente e a noite muito gelada. Se não fosse a provisão de Deus Israel não teria conseguido sobreviver um só dia.) Com Grande amor o Senhor resgatou a Israel! E, ainda, o Senhor entregaria a todo o povo na terra de Canaã nas mãos dos israelitas.
Mas, quando eles chegaram em Canaã, espiaram a terra durante quarenta dias, mas quando os espias junto com Josué e Calebe voltaram e trouxeram a notícia de como eles eram, ainda que os dois tiveram fé de que o Senhor podia entregar a todo aquele povo em suas mãos, o povo de Israel, por causa da incredulidade, teve que passar mais quarenta anos no deserto, de maneira que nenhuma daquela geração entrasse em Canaã, somente Josué e Calebe. (Números 14:28-35). Durante a peregrinação de Israel no deserto, o Senhor enviou ao povo mandamentos e leis. As leis dadas por Moisés abrangiam tanto leis morais, como os dez mandamentos, leis cíveis e leis sacerdotais. Os tristes episódios durante a peregrinação foram:
1. A rebelião de Core, que queria usurpar os direitos conferidos divinamente a Arão;
2. O ciúme de Miriã e a sua morte;
3. A morte de Arão, por causa da sua transgressão;
4. A rocha que Moisés feriu, zangado, motivo por que, como punição, não entrou em Canaã.
Conquistando Território
Moisés iniciou a conquista da terra. Impedido pelo rei de Edom de passarem por suas terras e impedido por Deus de guerrear contra eles, Moisés teve que contornar as terras de Seir pelo sul. De encontro com os amorreus, esses não permitiram Israel passar, mas Israel pelejou e venceu a cidade fortificada dos Amorreus (Números 21:21-31). Depois, Ogue, rei de Basã, veio à peleja contra Israel. Israel venceu: (Números 21:33,34). Depois foram para Moabe, filhos de Ló. Aqui surge Balaão e a festa de Baal-Peor que ensina que aqueles que estão debaixo da proteção de Deus tem segurança(Salmo 91), mas quando abandonamos ao Senhor, somos derrotados. Não vale encantamento contra Israel, mas a apostasia o derruba (Nm 25.9). Até os midianitas se associaram aos Moabitas contra Israel, mas Moisés levantou um exército de 12 mil homens e os derrotou, inclusive Balaão que morreu na batalha. Faltava apenas atravessar o Jordão para entrarem em Canaã. E nessa conjuntura é que Deus anuncia a Moisés a sua morte, permitindo a ele ver a terra de Canaã de cima do Monte Nebo (Deuteronômio 32:49-51).
Fonte: Apostila História e Cultura Judaica – Universalidade da Bíblia –
Pags: 19-22
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