Achados do período do Primeiro Templo

Apesar destas considerações sobre a escassez de restos de materiais, em ocasiões excepcionais ao mandamento tais evidências são descobertas. Uma exceção à lei contra imagens esculpidas foi um óstraco proveniente de Ramote Raquel, da Idade do Ferro, que trazia pintado a figura de um indivíduo sentado num trono. O arqueólogo israelita Gabriel Barkay propôs que este poderia ser um quadro de Ezequias, rei de Judá. Outrossim, enquanto que os documentos em papiro são perecíveis, os selos que outrora estavam colados nestes documentos ainda existem. Escavações na Cidade de Davi revelaram numerosos destes selos (ou bulas) de barro nas ruínas de casas que foram queimadas pelo exército invasor babilónico no fim do período do Primeiro Templo.

Além disso, há excelentes exemplos de inscrições mais duráveis desde o início da monarquia e o período do Primeiro Templo. A Bíblia observa que os profetas desses tempos às vezes escreviam em madeira ou metal (Is 8.1; Ez 37.16). Em Deir Alá, localizado no vale do Jordão, foi descoberta uma inscrição aramaica de meados do século VIII, mencionando o profeta bíblico Balaão (Nm 22— 24), escrita em tinta vermelha e preta no gesso. Entre as inscrições hebréias em pedra incluem-se o Calendário de Gezeí (século X a.C.) e inscrições do século VIII a.C., como a inscrição no Túnel de Siloé, a inscrição do Administrador do Rei e o óstraco de barro de Samaria, Arade e Laquis.

Também há significativos achados inscritos em metal ou marfim, como os rolos de prata do século VII a.C. de Ketef Hinom e uma ponta de cetro em marfim na forma de romã. Os rolos de prata preservam o mais antigo texto bíblico conhecido (do livro de Números) e indica que provavelmente o texto bíblico foi escrito logo em seguida aos eventos que descreve. De acordo com a inscrição na ponta do cetro, é provável que tenha pertencido a um sacerdote que exerceu o sacerdócio no Primeiro Templo. Estas descobertas, embora escassas, mostram os tipos de achados que podem ser esperados e indicam que certamente há mais a ser encontrado. A localização mais promissora para tais evidências é um cume ao sul do atual monte do Templo em Jerusalém.

Neste sítio de nove acres, a Jerusalém de Davi teve seu começo ao lado da cidade cananéia/jebusita que já tinha 2.000 anos de existência. Ainda chamada ‘Ir D avid (“Cidade de Davi”), as escavações feitas por Kathleen Kenyon e o arqueólogo israelita, Tigael Shiloh, definiram estruturas provavelmente mencionadas por Davi, como uma pilha de pedras de pouco mais de 15 metros de altura, chamada de Escadaria de Pedra, que poderia ter sido a Milo bíblica, sobre a qual Davi construiu a Fortaleza de Sião (2 Sm 5.7,9). O mais antigo elemento conhecido no sítio, um sistema de água conhecido como o Veio de Warren, acredita-se ter sido usado por Joabe, general de Davi, para capturar a cidade dos jebuseus (2 Sm 5.6-9; 1 Cr 11.4-7).

E no verão de 1997, o arqueólogo israelita, Ronny Reich, descobriu na área meridional da Cidade de Davi uma imensa estrutura de pedra que pensa-se ser uma torre de defesa. Além disso, o arqueólogo Eilat Mazar, que dirigiu escavações do Ofel (área entre o monte do Templo e a Cidade de Davi), acredita que o palácio real de Davi acha-se à espera de ser descoberto logo ao sul de Ofel (e ao norte da Escadaria de Pedra). A área, outrora fora dos limites por causa de pomares árabes que ali foram plantados, hoje está acessível aos escavadores. Talvez no futuro próximo evidências diretas da presença de Davi venham a ser desenterradas para todos verem.

Fonte: Livro: Arqueologia Bíblia
Autor: Randall Price,
Pags: 130-133

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