Salmo 51 – Um Grito de Perdão

Este é o quarto e o mais profundo dos Salmos Penitenciais. As profundezas da experiência individual, o senso do pecado e o pedido de perdão não são superados em nenhum outro salmo. Este é o primeiro salmo de outra coleção levando o nome de Davi, Salmos 51-70. As opiniões são muitas quanto à ocasião que deu origem a esta confissão. Para alguns ele tem um significado corporativo; para outros ele teve origem na bem conhecida experiência de Davi; para outros, ainda, descreve um crente que vai ao Templo em busca de perdão e purificação. O acréscimo dos versículos 18 e 19 parece adaptar um pedido puramente individual aos requisitos da adoração corporativa. Quer Davi tenha ou não composto o poema, sua experiência parece tê-lo ocasionado.

1, 2. Um Grito por Misericórdia. Compadece-te de mim, ó Deus. O salmista nem pede inocência nem lança a culpa sobre outrem. Uma vez que sabe que não merece perdão, ele primeiro roga por misericórdia, com base na bondade divina. De acordo com esta misericórdia, ele pede que a sua transgressão saia apagada e a sua iniquidade seja lavada.

 3-6. Uma Confissão de Pecado. Pois eu conheço as minhas transgressões. Aqui o salmista enfatiza o fato de que sabe e está constantemente cônscio do seu pecado, e reconhece que o seu pecado é mais do que o pecado contra o homem. Ao mesmo tempo ele reconhece a tendência universal para o pecado mas não se desculpa com base nisso. A profundeza de sua confissão está visível no seu desejo de descobrir o íntimo e o escondido do seu ser.

7-12. Um Pedido de Purificação. Purifica-me . . . lava-me. Os verbos são extremamente significativos na transmissão do pedido. O salmista começa (vs. 7-9) pedindo purificação externa. Purificar com hissopo e lavar estão relacionados com o ritual. Com o pedido de um coração regenerado e um espírito constante renovado, a ênfase passa para a purificação interior.

13-17. Um Voto de Consagração. Então ensinarei. Este voto de testemunhar aos outros dá evidências do perdão recebido pelo escritor e sua natureza modificada. A maneira como o salmista encara o sacrifício é essencialmente profético e muito semelhante com o do autor do Salmo 50. Seu senso do pecado e culpa exigem mais do que ofertas queimadas; por isso oferece seu espírito quebrantado e seu coração contrito.

18,19. Uma Oração de Restauração. Faze bem … edifica … então. Esta ênfase dada às obras como recurso de fazer sacrifício aceitáveis parece ser um acréscimo de um escritor ou editor sacerdotal.

Fonte Consultada:

Salmos (Comentário Bíblico Moody)

Pags: 60-61


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