Resumo de Livros

A salvação na Antiga Aliança

A salvação na Antiga Aliança

Desde o Gênesis até o Apocalipse, Deus deixa bem claro que ninguém se salva por obras próprias, mas apenas pela fé nas promessas divinas. Só no  Éden a salvação foi apresentada com base na obediência, com a advertência acompanhada da pena de morte para a transgressão da ordem de Deus: “Mas não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque no dia em que dela comer, certamente você morrerá” (Gn 2.17). Em Gênesis 3, essa determinação foi quebrada tanto por Adão quanto Continue lendo

A interpretação bíblica – Século XX

A interpretação bíblica – Século XX

O século XX abriga muitas correntes de interpretação bíblica. O liberalismo deu continuidade a uma boa parcela da abordagem racionalista e mais crítica do século XIX. A ortodoxia adotou uma concepção tanto literal quanto devocional da Bíblia. A neo-ortodoxia diz que a Bíblia toma-se a Palavra de Deus nos encontros existenciais do homem. O bultmannismo adotou uma perspectiva mitológica da Bíblia. O liberalismo, que teve grande influência no século XIX, entrou pelo século XX. Nele, a Bíblia é vista como um livro humano não dado Continue lendo

O jardim do Éden pode ser localizado num mapa?

O jardim do Éden pode ser localizado num mapa?

Gênesis 2.10-14 fornece alguns indícios da localização genérica do Éden, mas pressupõe condições geológicas que não mais existem. Daí se deduz a imprudência de conjecturar a existência de um local mais preciso que as cabeceiras dos rios Tigree Eufrates, nas terras elevadas da Armênia (i.e., as fronteiras orientais da moderna Turquia). O grande rio que sai do Éden subdivide-se no Tigre e no Eufrates e depois em outros dois, mais compridos (o Pisom, que desce até Havilá, ao longo da costa sulina da Arábia, e Continue lendo

Escavações que mudaram a história

Escavações que mudaram a história

Muitas pessoas hoje acreditam que neste momento nosso conhecimento da história é completo. Elas aceitam que alguns detalhes ainda estão faltando, mas supõem que saibamos quase tudo o que há para saber sobre as grandes civilizações que governaram o passado. A impressionante cobertura que encontramos nos livros de história e nos canais históricos parecem confirmar isso. Contudo, os historiadores admitirão que nosso presente conhecimento do passado ainda é sensivelmente limitado. O que realmente sabemos apresenta lacunas enormes e revisões inesperadas. Isso também tem sido verdade Continue lendo

A interpretação bíblica – Século XIX

A interpretação bíblica – Século XIX

Três elementos do século XIX podem ser examinados: o subjetivismo, a crítica histórica e os trabalhos exegéticos. No movimento que ficou conhecido como subjetivismo, dois nomes se destacam: Friedrich D. E. Schleiermacher (1768-1834) e Soren Kierkegaard (1813-1855). O subjetivismo é a ideia de que o conhecimento é fruto da experiência individual ou de que o bem supremo decorre de uma experiência ou sentimento subjetivo. Schleiermacher rejeitava a autoridade da Bíblia e salientava o papel do sentimento e da percepção individual na religião. Foi uma reação Continue lendo

O relato da criação em Gênesis 1 e Gênesis 2

O relato da criação em Gênesis 1 e Gênesis 2

Gênesis 2 não apresenta, de modo algum, um relato da criação, mas supõe o término da obra criadora de Deus, conforme narrada no capítulo 1. Os três primeiros versículos de Gênesis 2 simplesmente levam a narrativa do capítulo 1 a uma conclusão lógica e irreversível, usando o mesmo vocabulário e estilo empregado no capítulo anterior. Mostra o trabalho completo da criação e estabelece a santidade especial do sétimo dia como símbolo e memorial da obra criadora de Deus. A seguir, o versículo 4 resume a Continue lendo

A interpretação bíblica – O pós-Reforma

A interpretação bíblica – O pós-Reforma

Os 200 anos dos séculos XVII e XVIII caracterizaram-se por vários movimentos e atividades marcantes. Figuram, entre outros, a consolidação e disseminação do calvinismo, as reações ao calvinismo, os estudos textuais e linguísticos e o racionalismo. A consolidação e a difusão do calvinismo A Confissão de Westminster, aprovada pelo parlamento inglês em 1647 e pelo parlamento escocês em 1649, apresentou as doutrinas que norteariam o calvinismo na Inglaterra. A postura da Confissão de Westminster em relação às Escrituras foi a seguinte: “A regra infalível de Continue lendo

A Lei na epístola de  Romanos

A Lei na epístola de Romanos

O termo “lei” (nomos) ocorre mais de 70 vezes nesta epístola, e nem sempre com o mesmo sentido. Na maioria das vezes, significa a lei de Deus numa forma ou noutra, mas há alguns lugares onde o sentido é diferente. Eis os seus principais significados, em ordem ascendente de frequência. 1. O Pentateuco. Quando se nos diz que a justiça de Deus mediante a fé é “testemunhada pela lei e pelos profetas” (3:21), “a lei” significa os primeiros cinco livros do Velho Testamento, como “os Continue lendo

Os diferentes nomes de Deus em Gênesis 1 e 2  indicam autores diferentes ?

Os diferentes nomes de Deus em Gênesis 1 e 2 indicam autores diferentes ?

É verdade que ao longo dos 31 versículos de Gênesis 1 o único termo que se usa em referência a Deus é Elohim, e o nome que indica a pessoa do Senhor, i.e., Iavé, torna-se predominante no capítulo 2. Entretanto, essa distinção de vocábulos não demonstra evidência sólida de haver autores diferentes. Tal teoria foi primeiramente sustentada pelo médico francês Jean Astruc, nos idos de 1753. Achava ele que Gênesis 1 teria sido tirado de alguma fonte literária primitiva, produzida por um autor que só Continue lendo

Escavações que fotografaram o passado

Escavações que fotografaram o passado

Antes que as escavações arqueológicas revelassem o mundo da Bíblia, ninguém tinha ideia de como se pareciam as pessoas descritas em suas páginas. Todavia, quando as descobertas começaram a ser reveladas, entre elas estavam estátuas, desenhos e pinturas que davam um “quadro” do tipo de pessoas que viveram durante os tempos bíblicos. Ainda mais incrível foi que os arqueólogos encontraram “figuras” das mesmas pessoas mencionadas na Bíblia. Entre elas, estavam as estátuas de faraós que conheceram Moisés, inimigos que ameaçaram Israel ou conquistaram muito de Continue lendo

A autoria do livro de Gênesis

A autoria do livro de Gênesis

Embora o Novo Testamento fale do Pentateuco em geral como “Moisés” ou “livro” ou “lei” de Moisés, em parte alguma indica especificamente o livro de Gênesis com esses termos. Por seu turno, o Pentateuco fala da decisiva participação de Moisés em sua produção, desde os seus primeiros registros da maldição lançada sobre Amaleque (Êx 17:14) e do livro da aliança do Sinai (Êx 24:3-7), até à escrita e preservação de sua final exposição da lei (Dt 31:24-26). Sob Deus, o cerne e a substância dos Continue lendo

A interpretação bíblica – A Reforma

A interpretação bíblica – A Reforma

Durante a Reforma, a Bíblia passou a ser a única fonte legítima a nortear a fé e a prática. Os reformadores basearam-se no método literal da escola antioquina e dos vitorinos. A Reforma foi uma época de distúrbios sociais e eclesiásticos, mas, como destacou Ramm, foi essencialmente uma reforma hermenêutica, uma reforma da maneira de ver a Bíblia. • A Renascença, que iniciou no século XIV na Itália e invadiu o século XVII, consistiu no reavivamento do interesse pela literatura clássica, até mesmo pelo hebraico Continue lendo

No original hebraico, a palavra “terra” usada em Gênesis 1.1 é a mesma de Gênesis 1.10?

No original hebraico, a palavra “terra” usada em Gênesis 1.1 é a mesma de Gênesis 1.10?

Sim. A palavra é ’eretṣ em ambos os casos. Quer se refira a terra em geral, quer a uma área mais restrita, o contexto determinará — como se verifica em muitas palavras da língua portuguesa. Por exemplo, João 3.16 usa a palavra “mundo” (gr., kosmos) no sentido de toda a espécie humana, como objeto do interesse e do amor redentor de Deus; mas, em 1 João 2.15 (“não amem o mundo”), o vocábulo “mundo” é usado no sentido do sistema organizado de rebelião, de auto-satisfação Continue lendo

De onde vieram as histórias da Antiguidade que são parecidas com relatos bíblicos?

De onde vieram as histórias da Antiguidade que são parecidas com relatos bíblicos?

Desde a descoberta dos textos mesopotâmicos, questões têm sido levantadas a respeito da origem destas histórias que são semelhantes àquelas encontradas na Bíblia. Três possíveis respostas têm sido oferecidas pelos eruditos: 1) Elas foram relatos israelitas originalmente, que foram tomados como empréstimo e adaptados à religião e cultura mesopotâmicas; 2) Elas foram originalmente histórias mesopotâmicas, que foram tomadas como empréstimo pelos israelitas para atender aos seus propósitos religiosos; 3) tanto os relatos mesopotâmicos como os israelitas (bíblicos) vieram de uma fonte antiga em comum. Concernente Continue lendo