Arqueologia Bíblica

O jardim do Éden pode ser localizado num mapa?

O jardim do Éden pode ser localizado num mapa?

Gênesis 2.10-14 fornece alguns indícios da localização genérica do Éden, mas pressupõe condições geológicas que não mais existem. Daí se deduz a imprudência de conjecturar a existência de um local mais preciso que as cabeceiras dos rios Tigree Eufrates, nas terras elevadas da Armênia (i.e., as fronteiras orientais da moderna Turquia). O grande rio que sai do Éden subdivide-se no Tigre e no Eufrates e depois em outros dois, mais compridos (o Pisom, que desce até Havilá, ao longo da costa sulina da Arábia, e Continue lendo

Escavações que mudaram a história

Escavações que mudaram a história

Muitas pessoas hoje acreditam que neste momento nosso conhecimento da história é completo. Elas aceitam que alguns detalhes ainda estão faltando, mas supõem que saibamos quase tudo o que há para saber sobre as grandes civilizações que governaram o passado. A impressionante cobertura que encontramos nos livros de história e nos canais históricos parecem confirmar isso. Contudo, os historiadores admitirão que nosso presente conhecimento do passado ainda é sensivelmente limitado. O que realmente sabemos apresenta lacunas enormes e revisões inesperadas. Isso também tem sido verdade Continue lendo

O Obelisco Negro de Salmaneser III — Retrato de um rei israelita

O Obelisco Negro de Salmaneser III — Retrato de um rei israelita

Uma das mais excitantes descobertas já feitas em arqueologia bíblica foi uma enorme pedra negra extraída de um buraco cavado na antiga cidade assíria de Calah (moderna Ninrode) em 1845. Esta pedra, porém, quase não foi desenterrada. O arqueólogo inglês Henry Layard havia sido aconselhado por seus trabalhadores a desistir e fechar o buraco. Era inverno, o chão estava extremamente frio e duro, e o difícil trabalho de cavar valas para descobrir artefatos havia provado ser inútil. Layard não queria desistir, mas se comprometeu a Continue lendo

Escavações que fotografaram o passado

Escavações que fotografaram o passado

Antes que as escavações arqueológicas revelassem o mundo da Bíblia, ninguém tinha ideia de como se pareciam as pessoas descritas em suas páginas. Todavia, quando as descobertas começaram a ser reveladas, entre elas estavam estátuas, desenhos e pinturas que davam um “quadro” do tipo de pessoas que viveram durante os tempos bíblicos. Ainda mais incrível foi que os arqueólogos encontraram “figuras” das mesmas pessoas mencionadas na Bíblia. Entre elas, estavam as estátuas de faraós que conheceram Moisés, inimigos que ameaçaram Israel ou conquistaram muito de Continue lendo

De onde vieram as histórias da Antiguidade que são parecidas com relatos bíblicos?

De onde vieram as histórias da Antiguidade que são parecidas com relatos bíblicos?

Desde a descoberta dos textos mesopotâmicos, questões têm sido levantadas a respeito da origem destas histórias que são semelhantes àquelas encontradas na Bíblia. Três possíveis respostas têm sido oferecidas pelos eruditos: 1) Elas foram relatos israelitas originalmente, que foram tomados como empréstimo e adaptados à religião e cultura mesopotâmicas; 2) Elas foram originalmente histórias mesopotâmicas, que foram tomadas como empréstimo pelos israelitas para atender aos seus propósitos religiosos; 3) tanto os relatos mesopotâmicos como os israelitas (bíblicos) vieram de uma fonte antiga em comum. Concernente Continue lendo

Escavações que recontaram antigas histórias

Escavações que recontaram antigas histórias

Você já se perguntou alguma vez por quê a Bíblia devia ter todas as boas histórias? Se as grandes histórias da criação e do dilúvio foram histórias reais, como a Bíblia as apresenta, não deveriam outras culturas antigas terem sabido destas histórias também? Esta suposição foi confirmada quando um número de textos cuneiformes antigos foram descobertos contendo paralelos mesopotâmios dos relatos bíblicos. Tecnicamente falando, esses textos não foram descobertos por arqueólogos no campo, mas por eruditos estudando. Apesar da arqueologia inglesa na Mesopotâmia não ter Continue lendo

A inscrição Behistun — Chave para o acadiano cuneiforme

A inscrição Behistun — Chave para o acadiano cuneiforme

O que a Pedra Roseta fez pelos hieróglifos egípcios, uma inscrição monumental no Irã (antiga Pérsia), fez pelo acadiano cuneiforme. Acadiano era uma língua semítica da Mesopotâmia, e seus dois principais dialetos (assírio e babilônio) foram usados para registrar os triunfos militares e contos religiosos dos grandes impérios mundiais da Assíria e Babilônia. Ambos estes impérios figuram proeminentemente na Bíblia como nações usadas por Deus para punir os israelitas por sua infidelidade à Aliança Mosaica. Por séculos, aqueles que passavam por velhas trilhas de caravanas Continue lendo

Escavações que nos ensinaram a ler

Escavações que nos ensinaram a ler

Os exploradores pioneiros no contato com o mundo bíblico ficaram maravilhados ao contemplar pela primeira vez as ruínas monumentais do Egito e da Mesopotâmia. Procedendo aos registros das antigas cidades, desenhos das maravilhas rochosas, eles voltaram para casa a fim de extasiar uma platéia ávida por novidades. Todos os que viam aquele outro mundo revelado nas ilustrações logo ficavam curiosos acerca dos misteriosos sinais que cobriam as maravilhosas estruturas. Apesar de os pesquisadores saberem que aqueles símbolos peculiares representavam a história de civilizações desaparecidas, a Continue lendo

As limitações da arqueologia

As limitações da arqueologia

Enquanto a arqueologia é de grande ajuda para a compreensão das Escrituras, os que com esse propósito dela se utilizam devem evitar que as evidências materiais os levem a criticar a autenticidade e a exatidão do texto bíblico. A. Momigliano expressa corretamente esse cuidado: Bíblicos ou clássicos, nós, historiadores, temos aprendido que a arqueologia e a epigrafia não podem tomar o lugar da tradição viva de uma nação […] Ao mesmo tempo, fomos curados da antiga ilusão de que a confiabilidade de tradições históricas pode Continue lendo

Resgatando o significado do texto bíblico

Resgatando o significado do texto bíblico

Um dos primeiros passos para o entendimento das Escrituras é discernir o significado do texto conforme escrito originalmente. Conquanto seja improvável que os arqueólogos desenterrem algum autógrafo (texto do autor original), as cópias passadas adiante chegaram até nós tão bem preservadas que nos dão a certeza de termos em nossas mãos a Palavra de Deus tal como foi revelada. Entretanto, as muitas cópias manuscritas de textos bíblicos às vezes contêm variações de palavras. E essas antigas versões apresentam-nos um desafio: recuperar a forma precisa, a Continue lendo

Restrições na interpretação da Bíblia

Restrições na interpretação da Bíblia

Quem não for regenerado não pode compreender totalmente o significado da Bíblia. Quem não é salvo está cego espiritualmente (2 Co 4.4) e morto (Ef 2.1). Paulo escreveu: “Ora, o homem natural não aceita as cousas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las porque elas se discernem espiritualmente” (1 Co 2.14). Isso significa que quem não é salvo não tem condições de entender o que as Escrituras dizem? Não. Antes, significa que ele não tem a capacidade espiritual de receber Continue lendo

O valor da arqueologia para a Bíblia

O valor da arqueologia para a Bíblia

A arqueologia, com relação à Bíblia, presta-se a confirmar, corrigir, esclarecer e complementar a mensagem teológica contida no texto sagrado. Uma vez que a Palavra foi anunciada à humanidade em lugares e tempos específicos, torna-se necessário compreendermos o contexto histórico, cultural e religioso de seus destinatários. E, quanto mais claramente percebermos o significado original da mensagem, conforme comunicada ao mundo antigo, tanto melhor poderemos aplicar suas verdades eternas às nossas vidas, no mundo moderno. A arqueologia ajuda-nos a entender esse contexto, de modo que a verdade Continue lendo

O papel da crítica textual na correção de erros de transmissão

O papel da crítica textual na correção de erros de transmissão

No comentário anterior referimo-nos várias vezes ao papel desempenhado pela crítica textual quanto aos erros de copistas na transmissão do texto bíblico. Para que o leitor possa compreender um pouco da metodologia seguida pelos especialistas na análise desses desvios, os quais aparecem mesmo nos manuscritos mais antigos e nos melhores documentos, daremos as linhas mestras a serem seguidas para a solução desses problemas. O procedimento-padrão quanto aos erros de transmissão aplica-se a todos os documentos antigos, tanto sagrados quanto seculares. Fique claro, porém, que certos Continue lendo

O que é arqueologia “bíblica”?

O que é arqueologia “bíblica”?

A palavra “arqueologia” deriva do termo grego archaiología, que significa “estudo das coisas antigas [ou arcaicas]”. Os gregos usavam a palavra “arqueologia” para descrever antigas lendas e tradições. A primeira menção conhecida — em inglês — data de 1607, usada numa referência ao “conhecimento” sobre o Israel antigo com relação a fontes de literatura como a Bíblia. Então, no século XIX, quando começaram a ser desenterrados artefatos dos tempos bíblicos, a palavra foi a estes aplicada (excetuando-se os documentos escritos). Portanto, a arqueologia está ligada Continue lendo